domingo, 16 de setembro de 2012
The End Of Melody
Jogou-se para tão longe.
Acima do bem e do mal.
Agarrado a filetes de cordão.
Em um patamar platônico
E superestimado na ilusão.
Se te disser por aqui,
Adjetivos natos a teu respeito,
Peço-te, sem calma e rodeio,
Por uma paciência esgotada,
Uma alma apedrejada
E uma esperança cansada.
Chutando tuas pedras, eu sigo
As maiores que me acertaram
Construí blocos a mais de maturidade,
Mesmo com grandes feridas,
É assim que reconstruo minha vaidade.
Ainda quando me lembro
Ao escutar "All I Need" tocar
Daquele melódico piano, surgem
Seu rosto, nossas horas, tua voz.
E na descoberta atroz,
É só uma história, à margem.
Voltam Agostos a Dezembros.
Aqueço-me, às vezes, em lágrimas.
Eternas em sua maneira de expressar.
Enchendo-me de duras lástimas,
Lendo tua caligrafia em meu caderno.
Você, eterno príncipe morto,
Sempre andaremos de mãos dadas
E em ti, o essencial absorvo.
Em nossa época antepassada
Eu continuo me perguntando,
Senhor, será que o mereço?
Então, o senhor me respondeu.
Sim, tu mereces a vida,
O cálice que te ofereci,
Transbordando de excitação.
Almeje e alcance a plenitude.
Você merece, pequeno ser.
O passado basta por si só.
E estará sempre lá.
Talhado em rochas do tempo.
Cicatrizadas em um duro processo
Eis que palavras também se fragilizam
E desejam finalmente descansar,
Desaparecer.
Eu te encarcero na minha história.
Lucas Zeni
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Simplesmente amei... Tu és um escritor nato. Te admiro muito mesmo querido. Bjs
ResponderExcluirPô, muito obrigado! Sempre é de alma mesmo.
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