Pobre de mim mesmo,
Que nasci com a sina
De servir pra ser poeta
Uma mera matéria orgânica.
Apego-me mais fácil.
Sigo o caminho errado.
Depois não me vejo capaz
De voltar atrás.
O caminho foi apagado.
Sofrerei o grande martírio
Da solidão e desilusão.
Como são quase indestrutíveis.
Irracional é e tão pobre.
Possui irracionalidade errônea.
Ele é normal, aquele é normal.
Escreverei somente poemas profundos
Para suprir minha dor,
Infelizmente sem sucesso.
Pare agora, exijo com ódio a mim.
Tens uma força rara contigo,
Como sempre me afirmo.
Dê cabo logo disto.
Nem sequer tento, é a verdade.
Pareço orgulhar-me de mim.
Tornei-me narciso, intocado?
Bom até demais pra ti,
Ser medíocre e sem sangue.
Dono da frieza, sem empatia.
Sou um demônio de carne e osso
Pisando neste solo de pedra.
Como suporto viver com isso?
Agora que tenho certeza,
Pois aqui estou sentado
Frente a frente com meu reflexo,
Entorpecendo a minha dor com álcool,
Escrevendo este poema cretino
E sentindo-me orgulhosamente vazio.
Mais pobre és tu também,
Não compreensivo de minha escrita.
Mas não se esforce à compreensão.
Tudo isso é minha psique,
Complexa e sem credibilidade.
Lucas Zeni
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