sexta-feira, 30 de setembro de 2011

In Morpheu’s Arms





















Momento de grande alívio esse,
Quando me deito e fecho os olhos,
O sono vem devagar, demora a chegar
Neste corpo inerte, quase sem vida.
Viro-me sem jeito, retorno,
Então apago sem saber, sem notar.
A noite corre dentre a neblina
Densa que cobre o mundo adormecido.
Eis que você chega em meio à escuridão
Onde Orfeu mantém meu coração esquecido.
Vejo você, tomando espaço em meus sonhos.
Pensei que aqui teria paz, mas não.
A tormenta daqueles dias se repete
Como um filme antigo a rodar.
E quando nos calamos, ecoa nossos prantos.
Quanta mágoa, meu amor, nós criamos.
Vou te abraçar e sentir teu toque
A me envolver, como pode ser tão real?
Sinto seu beijo, quase estranho,
Mas tão reconfortante e íntimo,
Algo tão certo, mas paradoxal.
Sou empurrado de volta à realidade.
Não quero mais acordar, preciso voltar.
Aqui não é o meu lugar, quero você,
Quero ficar com você, para sempre.
Viver a eternidade ao seu lado,
Meu eterno e puro príncipe.

Lucas Zeni

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